FAVORITOS
Convidado para participar de um meme sobre as cinco maiores invenções da humanidade, ele não se limitou a apresentar sua lista. Modificou a brincadeira e listou as cinco maiores invenções da humanidade que ainda não foram inventadas – o que, por sinal, deixou o meme bem mais divertido.
Não satisfeito em alimentar dois blogs com bons textos, sempre bem escritos e divertidos, decidiu aumentar a família e agora publica resenhas sobre livros, CDs, filmes e seriados. Trabalho cada vez mais reconhecido, seja através de entrevista na rádio, seja através dos prêmios recebidos recentemente.
Assaltado na Avenida Paulista, em São Paulo, por um “animal”, ele não se limitou a lamentar a perda do celular. Relatou o episódio e a posterior relação com a Tim, que, como com as demais operadoras de telefonia celular, foi conturbada – para não dizer absurda.
Falo de Rob Gordon, o responsável pelo blog Championship Vinyl. Ou seria o contrário? De qualquer forma, um dos dois concedeu uma breve entrevista para o D Bituca, que reproduzo abaixo – inclusive com as perguntas sugeridas pelo próprio entrevistado ;)
1) Championship Vinyl. Por que este nome?
Quando criei o blog, não sabia como batizá-lo, mas já tinha a idéia de pegar algo referente a algum filme ou livro que eu gostasse. E, como sempre me disseram que sou totalmente parecido com o personagem do filme/livro Alta Fidelidade (especialmente na parte das manias e das listas de Top 5), achei que seria um nome legal. Aí, emendei a idéia com o nome do personagem, assinando os posts como Rob Gordon, que é o nome do personagem no filme (no livro, é Rob Fleming). Claro que muita gente que lê o blog sabe quem sou eu, mas eu continuo usando o nome Rob Gordon no blog.
2) E qual foi o motivo da sua criação?
Eu sempre gostei de escrever crônicas e algumas acabaram sendo publicadas num site feito por alguns amigos com esse tipo de material. Mas o blog me dava mais liberdade, não apenas na questão de prazo, como no tema e no formato (é o sonho de qualquer pessoa que gosta de escrever: publicar o que quiser, como quiser, quando quiser). Ou seja, posso acabar publicando uma crônica enorme em um dia, e, no dia seguinte, uma única frase.
Mas o motivo da criação foi o que eu disse, a possibilidade de escrever o que quiser, a hora que quiser. Mas acabei criando um monstro, na parte do "quando quiser". Procuro manter pelo menos duas atualizações por semana, porque, quando demoro para postar algo novo, alguns leitores começam a cobrar.
3) Quais assuntos são abordados no blog?
Todos e nenhum ao mesmo tempo. Como eu sempre digo, posts não são criados, eles aparecem na sua frente, na rua, no mercado, no trabalho. Então, eu não tenho um assunto primário. A grande vantagem de ter um blog que não seja focado em algo como música, cinema, política, etc., é que você, se quiser, tem assunto todo dia. E, sim, eu tenho uns posts totalmente sem assunto, basta você olhar com atenção.
Teve um, se eu não me engano foi o "O Fafe", que um amigo meu comentou, dizendo que nunca havia lido algo tão genialmente sem assunto nenhum. E ele tem razão, aquilo não é um assunto, é apenas um atendente do Frans Café com a língua presa. Isso não é assunto para post e é um dos textos que as pessoas mais gostaram. Ou seja, é a prova de que qualquer coisa pode ser assunto. Não importa sobre o que você escreve, mas como você escreve. O leitor gostou? Então, pode ser sobre qualquer assunto, não importa.
4) Como você desenvolve os posts?
O segredo é saber sobre o que escrever antes de começar. Ou seja, atualizar o blog porque você tem algo a dizer, e não apenas para sair por aí dizendo "ah, eu atualizo o blog todo dia". Mas o segredo é você ter olho para saber o que vira post e o que não vira. Como eu (quase) sempre procuro usar tom de humor no blog, penso "isso rende um post engraçado?", quando vejo algo diferente / ridículo / inusitado acontecendo. E eu sei que o assunto rende um post quando começo a pensar sobre ele e começo a rir, bolando um trecho ou outro, antes mesmo de começar a digitar.
Alguns dos textos mais famosos do blog foram escritos em 15, 20 minutos. Eu ligava o computador já com o texto inteiro na cabeça, precisava apenas digitar. Claro que tem coisas que eu vejo, ou que acontecem comigo, que eu acho que rende algo, mas quando sento para escrever, não decola. Aí, apago ou salvo para tentar melhorar alguns dias depois. Isso às vezes dá certo, porque arrumo outro gancho, outro enfoque, e o texto decola. Mas teve muita coisa que comecei a escrever achando que seria o post mais genial do mundo e apaguei tudo no segundo parágrafo.
5) Qual seu post preferido?
Eu gosto de todos. Mas tenho uma queda especial pelo 25 Horas - Guia de Episódios, por ser algo num formato totalmente diferente do que eu havia feito antes, parodiando a série 24 Horas. E, caso você tenha lido: sim, aquele post é 100% verídico, ele apenas foi transformado num texto de espionagem. Mas é tudo verídico. E tive sorte por aquilo ter acontecido no último dia do horário de verão, que era o maior dia do ano (daí o 25 Horas). Pena que esse texto foi publicado antes do post se tornar mais conhecido, pouca gente acabou lendo.
E gosto muito do Geli-Limão, foi o primeiro post que eu vi pessoas comentando na internet. E gosto dos textos que eu uso meus personagens, como a Besta-fera, que é meu cachorro; o Jonas, que é o fantasma que mora em casa; e agora estou com um novo personagem, que é o blog em si.
6) E quanto tempo tu reservas para elaboração dos textos e administração do blog?
Bastante. Na verdade, eu sempre entro no trabalho, ou num dia mais tranqüilo, posto algo de lá mesmo. Mas sempre que posso estou entrando no blog e nas comunidades de Orkut sobre isso, para dar uma olhada nos tópicos. O Orkut é minha principal ferramenta de divulgação do blog. Aliás, hoje uso o Orkut só para isso, praticamente. Então deixo aberto, vou fuçando por ali.
Já varei noites mexendo no blog, mas também já cheguei a ficar um fim de semana sem ligar computador. O que eu faço muito é abrir e-mail para ver se chegou comentários novos. Mais do que visitas, eu gosto de receber comentários, sou tarado por isso. Quando a pessoa comenta, é porque ela gostou do texto, e é isso que quero. Prefiro 10 leitores e 10 comentários que 1000 leitores e nenhum comentário.
7) Você tem outro blog, de crônicas (Championship Chronicles). Por quê?
Porque alguns textos meus não se encaixam no Championship Vinyl, são mais sérios, mais emocionais e muito mais pessoais. Uso humor ali também, tenho alguns textos de humor, mas não é o foco principal do blog. Como eu disse numa outra entrevista, no Championship Vinyl eu estou falando com os leitores, mas no Chronicles estou falando comigo mesmo.
Clique aqui para ler a primeira entrevista, com Max Reinert, do Pequeno Inventário de Impropriedades, e aqui a segunda, com Arthurius Maximus, do Contos Ancestrais.
1 comentário(s):
Opa!!!!
Cada vez vou ficando mais orgulhoso por estar nesta lista de entrevistados!!!!!
Muito obrigado pela oportunidade!
O Champ e o Ric/Rob são realmente as coisas mais interessantes que já encontrei na blogosfera!!!!
Abraço!!!
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