segunda-feira, 24 de maio de 2010

O fim de Lost, o meta-mistério que revolucionou as séries televisivas

Se os roteiristas construíram bem a história, Lost vai ser definido e, justamente por isso, não vai ter definição alguma. Ou seja, eles vão mostrar as respostas e isso vai abrir uma série de perguntas. Quando um meta-mistério tem todos os conteúdos de mistério solucionados, seu contexto de mistério apenas fica mais nítido, luminoso. É como revelar todas as palavras de uma grande pergunta. 

Ao buscarmos por uma grande resposta lá fora (ou lá dentro), deixamos de perceber que já respondemos à grande pergunta da vida o tempo todo, mesmo sem ouvi-la direito. De fato, é nossa resposta que configura a pergunta original, cuja resposta procuramos. É nossa ação que cria o sentido da vida que depois buscamos. Somos a serpente Ouroboros, que morde a própria cauda. Somos a vida criando sentido para a vida e depois se desesperando em encontrá-lo.


Pequeno trecho do excelente artigo de Gustavo Gitti no Papo de Homem. O texto, acessível para quem acompanhou toda a série ou não a assistiu - eu, por exemplo, parei na terceira temporada - foi publicado no sábado à tarde, um dia antes da exibição do último capítulo nos Estados Unidos. Caso você não tenha visto na internet e queira conferir o grand finale, o AXN transmite na terça-feira (25), às 22h.


Atualização: E se Lost fosse produzido pela Rede Globo, com seu elenco de atores e atrizes?


Imagens via Springfield Punx.

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