segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A realidade do futebol globalizado - para a tristeza da minha avó



Minha avó é uma gremista fanática. Daquelas que, mesmo ao alto de seus 78 anos, não perde nenhuma partida do Grêmio no Estádio Olímpico - como ontem, quando ela testemunhou o frustrante empate contra o Veranópolis. Sua paixão foi modelada em uma época em que o futebol era diferente.

Em vez dos dólares e das janelas de transferência, jogadores identificados com um time e feitos históricos. Talvez seja por isso que ela tenha tamanha dificuldade em aceitar a atual realidade do futebol, muito bem exemplificada na coluna desse domingo do jornalista Luiz Zini Pires no Zero Hora. Nela, ele revela os bastidores da saída do centroavante argentino Maxi López do Grêmio, em dezembro do ano passado.

Uma mulher insatisfeita com o ostracismo na capital gaúcha e com a cabeça em Roma, empresários descontentes com suas respectivas porcentagens na negociação e um dirigente desinteressado foram alguns dos motivos que levaram o argentino a se transferir para o Catania, 18o colocado no Campeonato Italiano. Aspas para Zini Pires:




Maxi não gostava de Souza [jogador de meio campo], e Souza também não falava 'bom dia'. 'Coisas do futebol' ele pensava, enfrentando a antipatia mútua como mais um problema natural do meio e não levando adiante a questão. Ele se considerava prejudicado por Souza nos 90 minutos. Achava que podia ser mais acionado. Que, assim, conseguiria dobrar seus gols.

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E, no meio de tudo isso, ficou a minha avó. Que não vai deixar de ir aos jogos, de torcer e, principalmente, de sofrer pelo Grêmio. Assim como milhões de outros torcedores.

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