quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Em tempos de informação abundante, cuidado com o que você lê





(...) Uma destas imagens, porém, expôs um outro lado das redes sociais – o do descompromisso com a verdade e a precisão dos fatos, pilares inerentes à comunicação profissional. A foto que circulou o mundo expondo uma impressionante cena de edifícios em ruínas no Haiti era uma mentira.

A imagem, na realidade, foi registrada na China após o terremoto que devastou cidades inteiras na província de Sichuan, em maio de 2008. Agências de notícias que receberam a foto via Twitter distribuíram-na com uma legenda sobre os trabalhos de resgate.

Na velocidade da luz da informação, a imagem se infiltrou entre tantas outras e iludiu quem não se deu conta da improvável sequência de pessoas em uniforme vermelho, ao lado de uma bandeira, atuando sobre os escombros.

Photobucket

Jornalista Marcelo Rech, do jornal Zero Hora, sobre a falsa foto publicada no Twitter sobre a tragédia no Haiti. O artigo completo pode ser lido aqui.


Em tempo 1: Entre tantas informações disponíveis sobre o drama no Haiti, vale acompanhar o blog de nove estudantes de ciências sociais da Unicamp, que estão no país caribenho para realizar uma pesquisa de campo em antropologia. O relato, sem a interferência de intermediários, parece ser mais real.

Em tempo 2: Está no ar site preparado pela Google para centralizar doações às vítimas do desastre.

Em tempo 3: Também está na rede entrevista feita há nove anos pelo Fantástico com a médica Zilda Arns, que, aos 75 anos, morreu no terremoto do Haiti. A reportagem trata sobre as ações que levaram a fundadora da Pastoral da Criança a ser indicada ao Prêmio Nobel da Paz.

Em tempo 4: Outro material que vale a pena rever é a reportagem de Régis Rösing, para o Esporte Espetacular. O jornalista percorreu todo o Haiti para fazer uma matéria especial para o programa.

Em tempo 5: Diferentemente dos links acima, este é lamentável: vídeo com as declarações do cônsul do Haiti no Brasil, Gerge Samuel Antoine, para um jornalista do SBT, sem saber que a câmera já estava ligada. Deplorável.


Em tempo 6: Aos poucos, o Haiti vai deixando os holofotes da mídia e a posição de Paulo Querido - da qual partilho plenamente - ganhando força.

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