domingo, 12 de outubro de 2008

O voto deve ser facultativo no Brasil





Coligações esdrúxulas, candidatos caricatos e um grande circo são as definições que me tocam quando as eleições se aproximam. Este é o quarto pleito de que participo e a empolgação decresce na mesma proporção que a ética decresce no Brasil. Não consigo dar o meu voto para o candidato menos pior ou para o que “rouba, mas faz”. Tampouco para o postulante que utiliza o rádio e a televisão para propor idéias totalmente fora da realidade. Menos ainda para o concorrente que se diz de esquerda, e está coligado com a direita.

(...)

Se eu não estou contente com o sistema político do meu país e com os atores que tentam me persuadir, por que ainda sou obrigado a votar?

Photobucket

Mauricio Tonetto, autor de artigo publicado ontem no jornal Zero Hora. A julgar pelos comentários, a maioria dos leitores concorda com o estudante de jornalismo, assim como este blogueiro.

Anulei meu voto no primeiro turno da eleição para prefeito de Porto Alegre, apesar dos comentários e olhares daqueles que souberam de minha decisão. Se nenhum dos candidatos me seduziu, por que devo votar em algum deles? Resta anular o voto.

O próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, levantou a questão dias atrás. Em 1º de outubro, afirmou em entrevista que, no futuro, o voto deverá deixar de ser obrigatório no Brasil. Curiosamente, no dia 05, voltou atrás.

O tema é complexo, envolve diversas variáveis, mas deve ser debatido sim. Por que não começar agora?
Em tempo: Daniel Piza também é contra o voto obrigatório.

0 comentário(s):

Postar um comentário

Que bom que neste post algo lhe despertou a vontade de deixar um comentário.

Elogios, críticas e sugestões são sempre bem vindas. Só mantenha a elegância no uso das palavras, ok?